sexta-feira, julho 10, 2009


Idosa, 93 anos, portadora de déficit cognitivo do tipo Mal de Alzheimer



Esta paciente é acompanhada no meu consultório há 2 anos, com os diagnósticos de déficit cognitivo progressivo do tipo Mal de Alzheimer além de hipertensão arterial.
Está medicada com memantina, AAS e captopril.
Na última avaliação, em 3/7/2009, ao realizar o seu eletrocardiograma de rotina no meu consultório, observei alterações no mesmo e solicitei o Holter, cuja faixa acima foi uma das selecionadas para avaliação.
Há grande dificuldade para se colher uma adequada anamnese, dadas as condições cognitivas da mesma e os familiares inquiridos não notaram nada de estranho na sua evolução neste período.
(a) Acompanhar evolutivamente a paciente vez que se encontra totalmente assintomática no momento
(b) Iniciar antiarrítmicos via oral, pela arritmia apresentanda
(c) Solicitar novo Holter para melhor avaliação do ritmo
(d) Encaminhar para o implante de marcapasso definitivo imediatamente
(e) Colher sangue para a dosagem dos níveis de potássio sanguíneo

1 Comments:

At 7:00 PM, Blogger Unknown said...

Idosa com déficit cognitivo, hipertensa, assintomática apesar de toda dificuldade de colher a história clínica... estaria indicado um marcapasso apenas com a alteração do ECG?

Vamos ao ECG:
A primeira grande dificuldade seria diferenciar a possível onda "P" bloqueada da onda "U" tão comum no hipertenso que faz uso de diurético espoliadores de potássio... A morfologia da onda seria um bom começo... mas convenhamos tem hora que dá dúvida... então eu apelo para o compasso ou qualquer utensilho (um pedaço de papel com marcações dos intervalos P-P, como professor Neif nos ensinou na aula), logo podemos concluir que se trata de realmente uma onda P bloqueada, configurando assim um BAV 2ª Mobitz II 2 : 1 .
Passado por essa dificuldade temos uma outra questão trata-se de um bloqueio benigno ou maligno ( supra-hissiano ou intra ou infra-hissiano )? Esse tipo de bloqueio pode gerar esses 2 tipos de bloqueios, então costumamos usar o seguinte recurso, se o complexo QRS está alargado e não temos PR prolongado, estamos provavelmente de um bloqueio maligna infra-hissiano , agora se temos um QRS estreito com PR prolongado provavelmente temos um bloqueio supra-hissiano... mas atenção se deu dúvida fatalmente esse paciene terminará no estudo eletrofisiológico para medirmos os intervalos A-H e H-V para localizarmos precisamente o bloqueio..~.
Concluindo temos um BAV 2º MobitzII 2: 1 assintomático com QRS alargado, determinando indicação CLASSE I para marcapasso definitivo...

 

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