sábado, abril 26, 2014

Prezado médico em formação,

Vê esse caso:

Mulher, 49 anos, sem comorbidades, história de cirurgia para tratamento de varizes em membros inferiores há 1 semana. Ficou internada hum dia e teve alta hospitalar, permanecendo em repouso em domicílio.
Foi readmitida na emergência do hospital com quadro súbito de intenso mal-estar e dispneia. Evoluiu em parada cardiorrespiratória (PCR) em assistolia, que foi revertida após 15 minutos de manobras cardiorressuscitatórias, sem déficits neurológicos aparentes.
O EcocardioDöppler mostrou importante aumento de cavidades direitas e disfunção grave do ventrículo direito (VD).
Ela evoluiu em choque cardiogênico necessitando de altas doses de noradrenalina (2,0 mcg/kg/min)! (Doses terapêuticas: 0,1 a 0,5 mcg/Kg/min).
Com a hipótese diagnóstica de tromboembolismo pulmonar (TEP) foi iniciado trombolítico (protocolo de rt-PA: 15 mg EV em bolus seguido de 85 mg em 2 horas].
Após 1 hora de infusão do rt-PA foi possível diminuir a dose de nora para 0,8 mcg/kg/min. 
A mesma evoluiu bem sendo extubada e obtendo alta para o quarto após 1 semana de internação na Unidade cardiointensiva.
Estou enviando as imagens do eco. A imagem da esquerda foi a da admissão e da direita após a trombólise (Observe e compare as dimensões e a contratilidade global do VD).
O ECG (observar imagem nos comentários) mostra: taquicardia sinusal, crescimento do VD com sobrecarga sistólica e padrão SI / QIII / TIII (Onda "s" em DI, onda "q" em DIII e onda T invertida em DIII).

Aprendizado puro!

Prof. Neif Musse