NEIF MUSSE
sábado, agosto 26, 2006
Paciente com mal-estar precordial é atendido na emergência do hospital:
Homem, 75 anos, tabagista de 1,5 maços/dia desde a adolescência, hipertenso em uso de medicação, foi atendido nas primeiras horas da manhã na emergência de um hospital geral com mal-estar precordial iniciado há 45 minutos.
Exame físico:
Ansioso, sudoreico, nauseoso.
RR 3T. 4ª bulha. PA: 210/100 mmHg. FC: 85 bpm.
MV diminuído difusamente ++/6. Sibilos discretos e difusos em ambos os hemitóraces.
Abdome sem alterações.
Pulsos tibiais posteriores e pediosos diminuídos de amplitudes +++/6.
ECG - Realizar a análise
1)Qual o diagnóstico clínico?
2)Qual o diagnóstico eletrocardiográfico?
3)Qual o Timi-risk deste paciente?
4)Qual a melhor conduta no caso?
sexta-feira, agosto 25, 2006
Prezados colegas e alunos,
Este caso clínico de BAVT baixo, que exige imediato implante de marcapasso definitivo para estabilização hemodinâmica e solução dos sintomas e sinais apresentados por este senhor de 92 anos, retrata a "novela clínica" que usualmente vivem os doentes quando são acometidos pela patologia.
Geralmente o primeiro diagnóstico fornecido será de distúrbio do labirinto e será prescrita cinarizina ou similar. Como os sintomas não desaparecem, o paciente consulta novos médicos, e usualmente tem a propedêutica dirigida para patologias encefálicas, dadas as manifestações de baixo débito cerebral decorrentes da baixa freqüência cardíaca do BAVT, que ocasionam convulsões (crises de Stokes-Adams), recebendo prescrição de difenil-hidantoina ou fenobarbital.
Ocorrem também, muitas vezes, tratamento de hipertensão arterial, predominantemente sistólica, que surge devido ao maior volume sistólico decorrente da diástole prolongada secundária à bradicardia.
Como os doentes passam a desenvolver sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva, também originada pela freqüência cardíaca anormalmente baixa, o tratamento costuma ser também dirigido para esta síndrome.
Algum tempo depois, quando o paciente não descompensa clinicamente e é internado em situação emergencial, o diagnóstico é adequadamente realizado e o tratamento corretamente instituído, com o implante do marcapasso definitivo, preferenciamente dupla câmara, no modo VDD ou DDD.
Aproveitem o caso clínico para futuras abordagens.
Abraços,
Dr. Neif Musse
Este caso clínico de BAVT baixo, que exige imediato implante de marcapasso definitivo para estabilização hemodinâmica e solução dos sintomas e sinais apresentados por este senhor de 92 anos, retrata a "novela clínica" que usualmente vivem os doentes quando são acometidos pela patologia.
Geralmente o primeiro diagnóstico fornecido será de distúrbio do labirinto e será prescrita cinarizina ou similar. Como os sintomas não desaparecem, o paciente consulta novos médicos, e usualmente tem a propedêutica dirigida para patologias encefálicas, dadas as manifestações de baixo débito cerebral decorrentes da baixa freqüência cardíaca do BAVT, que ocasionam convulsões (crises de Stokes-Adams), recebendo prescrição de difenil-hidantoina ou fenobarbital.
Ocorrem também, muitas vezes, tratamento de hipertensão arterial, predominantemente sistólica, que surge devido ao maior volume sistólico decorrente da diástole prolongada secundária à bradicardia.
Como os doentes passam a desenvolver sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva, também originada pela freqüência cardíaca anormalmente baixa, o tratamento costuma ser também dirigido para esta síndrome.
Algum tempo depois, quando o paciente não descompensa clinicamente e é internado em situação emergencial, o diagnóstico é adequadamente realizado e o tratamento corretamente instituído, com o implante do marcapasso definitivo, preferenciamente dupla câmara, no modo VDD ou DDD.
Aproveitem o caso clínico para futuras abordagens.
Abraços,
Dr. Neif Musse
sábado, agosto 19, 2006
Prezados alunos,
Caso clínico:
Um paciente de 92 anos iniciou há cerca de dois meses quadro de vertigens e desequilíbrio, procurando auxílio médico e iniciando o uso de cinarizina. Há 3 dias apresentou crise convulsiva em domicílio sendo acrescentado difenil-hidantoína 2 vezes ao dia ao esquema terapeutico.
Foram realizados vários exames complementares, incluindo TC de crânio, bioquímica sangüinea e um eletrocardiograma.
Comente o traçado e a sua relação, se houver, com o quadro clínico deste nonagenário e encaminhe o seu comentário para o meu e-mail.
Dr. Neif Musse